Este livro explora a Guerra do Afeganistão após os ataques de 11 de setembro, com foco nas estratégias militares dos Estados Unidos e nas consequências humanas e geopolíticas do conflito. A partir dos vazamentos revelados pela WikiLeaks, é possível fazer uma análise detalhada das operações bélicas, expondo as falácias e contradições na narrativa oficial dos EUA sobre a "luta contra o terrorismo". Ao longo da obra, é possível questionar a legitimidade da intervenção militar dos EUA, desafiando a ideia de que a guerra seria uma ação necessária para a segurança global. Além das violações dos direitos humanos, como o caso da Task Force 373, que resultou na morte de civis inocentes, existe uma desconexão entre os discursos políticos e a realidade no terreno. O impacto dos vazamentos da WikiLeaks, como o Cablegate e os Diários da Guerra do Afeganistão, é examinado, revelando práticas sigilosas e ações militares arbitrárias, em que os civis foram frequentemente vítimas do conflito. Além de denunciar as consequências humanitárias da guerra, o livro também faz uma reflexão crítica sobre a postura dos EUA e seus aliados, que argumentam que os EUA agiram mais por interesses geopolíticos do que por uma genuína preocupação com a democracia ou a estabilidade no Oriente Médio. Ao longo da obra, há também um questionamento a contradição fundamental da doutrina Bush, que pretendia "levar a paz" através da guerra, e destaca o impacto da mídia e da cibertransparência no mundo moderno, com a WikiLeaks se tornando um símbolo da luta pela liberdade de informação e contra a opacidade dos governos. Por fim, o livro sugere que a solução para os conflitos internacionais não deve ser mais a imposição de poder militar, mas a diplomacia e a intervenção de organizações internacionais como a ONU. A obra conclui que, após mais de 15 anos de guerra, a verdadeira solução para o Afeganistão e para o Oriente Médio não pode ser encontrada na força, mas na busca por um caminho de paz e justiça, que leve em consideração as realidades locais e a soberania dos povos.